Você está grávida? Tanto faz, um parto normal ou uma cesárea? Ou prefere mesmo uma cesárea? Tudo bem. Desde que você faça uma escolha consciente.
Vale muito a pena ler. Por Maíra Libertad (Enfermeira Obstetra, parteira domiciliar e pesquisadora). Tradução livre e adaptada de trechos do documento “Vaginal or Cesarean Birth: What Is at Stake for Women and Babies?” (Parto vaginal ou cesárea: o que está em jogo para mulheres e bebês?) da organização Childbirth Connection, de 2012. Referência completa: Childbirth Connection (2012). Vaginal or Cesarean Birth: What Is at Stake for Women and Babies? New York: Childbirth Connection. Full report available online at:http://transform.childbirthconnection.org/reports/cesarean. Companion materials for women available at:http://www.childbirthconnection.org/cesarean. Sumário dos Resultados Nossa avaliação abrangente revela o seguinte: De 14 resultados adversos maternos relacionados à gestação atual, evidências suficientes demonstram que 8 deles favorecem o parto vaginal [incluindo as mulheres que planejaram parto vaginal inicialmente e tiveram cesárea] e evidências limitadas sugerem que os 6 restantes também favorecem o parto vaginal. De 4 desfechos adversos neonatais (relacionados ao bebê), evidências suficientes demonstram que 1 favorece o parto vaginal, evidências limitadas sugerem que 2 favorecem o parto vaginal e as evidências são conflitantes (inconclusivas) sobre 1 desfecho restante. De 4 doenças da infância analisadas, evidências suficientes demonstra que 3 favorecem o parto vaginal e as evidências são conflitantes e limitadas para o desfecho restante. Dos 3 resultados relacionados a aspectos psicossociais examinados, as evidências são conflitantes, mas sugerem uma possível associação com a cesárea em todos os 3. Em relação às gestações subsequentes, dos 9 resultados adversos maternos avaliados, evidências suficientes demonstram que 6 favorecem o parto vaginal no nascimento anterior e evidências limitadas sugerem que os 3 restantes também favorecem o parto vaginal anterior. Dos 6 resultados adversos perinatais em gestações subsequentes, evidências limitadas sugerem que 2 favorecem o parto vaginal e os dados são conflitantes para os outros 4. Dos 5 desfechos relacionados à disfunção do assoalho pélvico, nenhum favorece o parto vaginal, a via de parto parece não influenciam em outros 2 e 3 favorecem a cesárea, porém, desses 3, 2 favorecem a cesárea apenas no curto prazo ou apenas no que diz respeito a sintomas leves ou moderados. Dos 4 desfechos relacionados a lesões no bebê relacionadas ao nascimento, a via de parto parece não fazer diferença para 3 deles, nenhum favorece o parto vaginal e evidências limitadas sugerem que 1 favorece a cesárea. Nota: Nas situações em que as diferenças entre as vias de parto puderam ser quantificadas, nós reportamos o tamanho dessas diferenças (diferença de risco absoluto) em uma escala de “MUITO PEQUENO” até “MUITO GRANDE” de acordo com as magnitudes padronizadas em um denominador de 10.000 [número de eventos em 10.000 nascimentos] (ver Tabela 1). A escala padronizada permite que os leitores façam comparações de forma rápida e fácil e 10.000 foi escolhido como denominador comum para capturar a ampla variação nas taxas de diversos resultados avaliados. Em alguns casos, os estudos reportaram apenas razões de risco ou de chance, o que significa que a diferença não pode ser quantificada [nestes casos, está informado no texto que, apesar de haver uma diferença positiva ou negativa em favor de uma das opções, ela não pode ser quantificada com os dados dos estudos disponíveis]. A menos que mencionado de forma diferente, todas as diferenças foram estatisticamente significativas, isto é, é improvável que se devam apenas ao acaso. Que efeitos físicos podem ocorrer mais frequentemente em mulheres submetidas à cesárea? (quando se compara ao parto vaginal) Morte materna: Mais mulheres parecem morrer como resultado da cesárea, mas o número excedente não pode ser calculado a partir dos estudos examinados. Parada cardíaca: Evidências limitadas sugerem que um número excedente MODERADO de mulheres saudáveis pode passar por uma parada cardíaca associada à cesárea, comparadas com mulheres similares que planejaram um parto vaginal. Histerectomia de emergência: Um número adicional PEQUENO a MODERADO de mulheres que são submetidas à cesárea passam por histerectomias de emergência, quando comparadas a mulheres que têm um parto vaginal. Eventos tromboembólicos (coágulos no sangue): Um número adicional PEQUENO a MODERADO de mulheres saudáveis desenvolvem coágulos em decorrência da cesárea. Complicações anestésicas: Evidências limitadas sugerem que um número adicional MODERADO de mulheres saudáveis que têm cesáreas pode passar por complicações com a anestesia, quando comparadas com mulheres similares que têm partos vaginais espontâneos. Infecções maiores: Evidências limitadas sugerem que um número adicional MODERADO a GRANDE de mulheres saudáveis que têm cesárea planejada passam por infecções pós-parto maiores, quando comparadas a mulheres que têm ou planejam um parto vaginal. Complicações raras e com risco de morte: Evidências limitadas sugerem que mais mulheres apresentam embolia por líquido amniótico ou pseudoaneurisma de artéria uterina depois de uma cesárea do que após um parto vaginal, mas esse número excedente não pode ser calculado dos estudos analisados. Infecção da ferida (da cesárea ou perineal): Um número excedente GRANDE de mulheres saudáveis submetidas à cesárea tem infecções da ferida comparadas com aquelas que planejam um parto vaginal. Hematoma (da cesárea ou perineal): Evidências limitadas sugerem que um número excedente GRANDE de mulheres saudáveis tem hematomas da ferida após cesárea, quando comparadas a mulheres que planejam um parto vaginal. Deiscência da ferida (da cesárea ou perineal): Evidências limitadas sugerem que um número adicional PEQUENO de mulheres saudáveis submetidas à cesárea tem deiscência da ferida, quando comparadas a mulheres planejando um parto vaginal. Permanência no hospital: Cesárea planejada aumenta a duração da internação entre 0,6 e 2 dias, quando comparada ao parto vaginal planejado. Readmissão no hospital após a alta: Um número adicional MODERADO a GRANDE de mulheres saudáveis que tiveram cesárea requerem reinternação após a alta. Problemas com a recuperação física: Com a exceção da presença de hemorroidas, que são mais comuns após o parto vaginal, um número adicional GRANDE a MUITO GRANDE de mulheres que passam por uma cesárea apresentam problemas de recuperação física, incluindo: saúde geral, dores no corpo, cansaço extremo, problemas de sono, problemas intestinais, habilidade para realizar suas atividades diárias e atividades pesadas, quando comparadas a mulheres que têm partos vaginais espontâneos. Dor pélvica crônica: Mais mulheres apresentam dor pélvica crônica depois de uma cesárea do que após um parto vaginal, mas o número excedente não pode ser calculado a partir dos estudos analisados. Quais efeitos físicos relacionados aos bebês podem ocorrer mais frequentemente após uma cesárea? (quando se compara ao parto vaginal) Mortalidade neonatal: Evidências limitadas sugerem que os bebês de mulheres que têm uma primeira cesárea eletiva podem estar sob maior risco de morte neonatal comparados a mulheres de baixo risco planejando um parto vaginal, mas o número excedente de mortes não pode ser calculado a partir dos estudos incluídos. Síndrome do desconforto respiratório: Quando o nascimento ocorre antes das 39 semanas, mais bebês nascidos por cesárea apresentam síndrome da angústia respiratória do recém-nascido, mas o número excedente não pode ser calculado a partir dos estudos analisados. Hipertensão pulmonar: Evidências limitadas sugerem que um número adicional MODERADO de bebês nascidos por cesárea eletiva podem desenvolver hipertensão pulmonar. Ausência de amamentação: Evidências conflitantes sugerem que bebês nascidos por cesárea podem estar sob risco adicional de não serem amamentados. Qual papel a cesárea pode desempenhar no desenvolvimento de doenças crônicas da infância(quando se compara ao parto vaginal) Asma: Cesárea aumenta a probabilidade de desenvolver asma na infância, mas o número excedente de casos não pode ser calculado a partir dos estudos analisados. Diabetes Tipo 1: Cesárea aumenta a probabilidade de desenvolver diabetes Tipo 1 na infância, mas o número excedente de casos não pode ser calculado a partir dos estudos analisados. Rinite alérgica: Cesárea aumenta a probabilidade de desenvolver rinite alérgica na infância, mas o número excedente de casos não pode ser calculado a partir dos estudos analisados. Alergia alimentar sintomática: Evidências limitadas e conflitantes sugerem que a cesárea aumenta a probabilidade de desenvolver alergia alimentar na infância, mas o número excedente de casos não pode ser calculado a partir dos estudos analisados. Obesidade: Evidências limitadas sugerem que um número adicional GRANDE de crianças nascidas por cesárea podem estar obesas aos 3 anos de idade (quando comparadas às nascidas de parto normal). Quais são os potenciais efeitos das cesáreas nas futuras gestações e partos das mulheres? Fertilidade prejudicada: Mais mulheres apresentam problemas de fertilidade depois de uma cesárea do que após um parto vaginal, mas o número excedente não pode ser calculado dos estudos analisados. Infertilidade voluntária: Um número excedente GRANDE a MUITO GRANDE de mulheres escolhe não engravidar novamente após uma cesárea. Placenta prévia: Um número excedente PEQUENO de mulheres com uma primeira gestação terminada em cesárea desenvolve placenta prévia na gestação seguinte, mas o número excedente não pode ser calculado a partir dos estudos examinados. Um número excedente GRANDE de mulheres desenvolve placenta prévia após duas ou mais cesáreas. Placenta acreta: Um número excedente PEQUENO de mulheres com um primeiro nascimento via cesárea desenvolve placenta acreta na gestação seguinte. Um número excedente GRANDE de mulheres desenvolve placenta acreta após múltiplas cesáreas. Descolamento de placenta: Um número adicional MODERADO de mulheres com primeira gestação terminada em cesárea tem descolamento de placenta em gestações subsequentes. Histerectomia: Um número adicional MODERADO de mulheres com primeira gestação terminada em cesárea requer uma histerectomia de emergência durante nascimentos subsequentes, quando comparadas a mulheres com partos vaginais prévios. Evidências limitadas sugerem que esse excedente aumenta em gestações subsequentes. Ruptura uterina: Um número excedente MODERADO de mulheres com cesárea prévia passará por uma ruptura uterina, quando comparadas a partos vaginais anteriores. Admissão em UTI: Evidências limitadas sugerem que um número adicional GRANDE de mulheres com cesáreas prévias são admitidas em UTI no nascimento seguinte, quando comparadas com mulheres com partos vaginais anteriores. Readmissão no hospital após a alta: Evidências limitadas sugerem que um número adicional MODERADO de mulheres com cesáreas prévias são readmitidas no hospital após a alta no nascimento seguinte, quando comparadas com mulheres com partos vaginais anteriores. Quais são os potenciais efeitos de um útero com uma cicatriz nos futuros bebês? Óbito fetal: Dados são conflitantes, mas sugerem que um número excedente PEQUENO a MODERADO de bebês crescendo em um útero com uma cicatriz terão óbito fetal. Óbito perinatal ou neonatal: Dados são conflitantes, mas sugerem que mais bebês crescendo em um útero com uma cesárea podem morrer no final da gestação ou uma semana após o nascimento, mas o número excedente, se houver, não pode ser calculado a partir dos estudos examinados. Nascimento prematuro ou baixo peso ao nascer: Dados são conflitantes sobre se uma cesárea prévia resulta em risco aumentado de nascimento prematuro e concomitante baixo peso ao nascer. Pequeno para a idade gestacional (PIG): Dados são conflitantes sobre se uma cesárea prévia resulta em risco aumentado de bebê PIG em uma próxima gestação, quando comparado ao de mulheres com partos vaginais anteriores. Necessidade de ventilação no nascimento: Evidências limitadas sugerem que um número adicional GRANDE de bebês cujas mães têm cesáreas prévias pode requerer ventilação (ajuda para respirar) no nascimento quando comparados a bebês cujas mães tiveram partos vaginais anteriores. Estadia hospitalar maior do que 7 dias: Evidências limitadas sugerem que um número adicional GRANDE de bebês cujas mães têm cesáreas prévias tem uma internação de mais de 7 dias, comparados a bebês cujas mães tem partos vaginais anteriores. Retirado de: http://vilamamifera.com/mulheresempoderadas/diga-tudo-mas-nao-diga-que-a-cesarea-e-tao-segura-quanto-um-parto-normal/ ”Meu médico não gosta de parto normal, mas eu quero fazer, e ele disse que podemos tentar…”31/5/2014 Por Cris Doula
"… mas ele só espera até 40 semanas, não pode ser de madrugada, ele também não espera mais que 4 horas, senão o bebê pode sofrer. Mas eu confio nele, mesmo ele preferindo a cesárea. Que dicas você me dá?” ” Cris – Não vá a churrascaria procurando comida vegetariana. Quer parir? Procure um obstetra que acredite e apoie o parto humanizado, que tenha paciência, que você tenha exemplos de partos naturais, que goste de atender com doula, pois esse obstetra vai te ajudar a parir. Quer continuar com o obstetra que disse claramente que prefere cesárea, só porque ele atendeu sua família inteira e é um fofo? Boa cirurgia!!” Esse é o tipo de comentário que recebo muito aqui no blog, e que vem me conhecer. Mulheres que querem um parto natural, mas que são acompanhadas por obstetras tradicionais, muitas vezes cesaristas declarados. Se você quer um parto natural é fundamental que tenha um profissional que apoie sua escolha, pode ser a parteira, enfermeira ou obstetra. Não são apenas os médicos que fazem procedimentos desnecessários e que indicam cesáreas sem necessidades, eu já ouvi relatos e conheci outros profissionais que trabalham com parto, que fazem a mesma coisa. Então procure conhecer o profissional que você escolheu, veja os índices de cesárea dele, você conhece pessoas que tiveram partos naturais com esse profissional? Ele trabalha com doulas? Porque se não incentiva uma doula no parto, com certeza já é um sinal negativo, já que é comprovado cientificamente que doulas diminuem as taxas de cesárea, de fórceps, de intervenções como ocitocina e analgesia, entre outros. Um link que sempre recomendo é esse: http://www.amigasdoparto.com.br/teste.html É um teste para saber se seu médico vai ou não respeitar suas escolhas. Você não precisa imprimir e ir preenchendo na frente dele. Apenas elabore algumas perguntas baseada nessas, anote em um papel e pergunte. Em casa compare as respostas com as do teste. Funciona! Depois de escolher o obstetra, procure a doula certa pra você. Veja quem são as doulas da sua cidade, o que os obstetra tem a dizer sobre ela, a experiência que ela possui, e como ela trabalha. Cada doula atua de uma maneira diferente, então conheça e escolha qual você se sente mais á vontade, e que combina mais com você. A escolha da maternidade é importantíssima, não dá para escolher uma maternidade com taxa de 98% de cesárea se você quer parir naturalmente. Principalmente se o parto for com o plantonista do hospital, você tem grandes chances de acabar numa cesárea. Então informe-se, estude, leia, empodere-se, faça um plano de parto, e siga consciente. Você tem cerca de 40 semanas para se preparar para o parto. É seu dever se preparar para isso, e não dedicar apenas para o quarto e o chá de bebê. Seu médico tem a obrigação de cuidar da sua saúde física e de seu bebê, ele não tem tempo para ficar ensinando as posições para o parto, respiração e técnicas de alívio da dor. Essa é a função da doula, dos cursos de gestantes (de qualidade), então procure saber mais, conhecer mais, não deixe para o profissional a decisão do tipo de parto, local e posição. O parto é seu, portanto, assuma o controle. Cris Doula Que teve uma cesárea desnecessária com uma médica tradicional. Retirado de: http://crisdoula.com/?p=3918 Ser mãe hoje em dia não é nada fácil, tudo culpa da internet. Tudo culpa da internet! Culpa da internet? Explico: desde que a informação se tornou acessível a qualquer mortal q esteja conectado a rede; desde que artigos científicos estão ao alcance dos dedos, dos olhos e perto do coração; desde que as mulheres usam aventais com orgulho, salto alto com estilo e o cérebro com muita eficácia diante do PC, q nós arrumamos sarna, muito mais sarna pra se coçar. É isso mesmo, até alguns anos atrás a mãezinha ia lá parir seu filho e o pediatra de plantão dizia: “Fofinha, vamos levar o bb para examiná-lo e daqui a algumas eras a gente te entrega ele limpinho e com cheiro de lavanda Jonhson no quarto, ok?” Minto, os médicos não costumavam e nem costumam nos dar satisfação. Então a mãezinha acabava de parir, ouvia o choro do bb e “era uma vez um bb…”, pois rapidamente a criança tem q ser aspirada, medida, pesada, lavada, observada e têm que pingar o maldito colírio de nitrato de prata. Procedimentos urgentes, afinal a criança pode crescer, engordar, sufocar, cheirar mal e ficar cega em questão de minutos, não é mesmo?
Mas hj vamos falar apenas do colírio de nitrato de prata. O colírio de nitrato de prata é pingado nos olhos dos recém-nascidos na primeira hora de vida para evitar dois tipos graves de conjutivite, a conjutivite causada pela bactéria Neisseria gonorrheae e a conjutivite causada pela bactéria Chlamydia trachomatis. Tais bactérias podem infectar um bebê que tenha nascido de parto normal SE a mãe tiver gonorreia ou clamídia. Se a mãe não for portadora das bactérias mencionadas ou se a criança nascer de cesareana, logicamente não se põe o tal colírio nos olhinhos dos bebês, certo? ERRADO! Por incrível que pareça a administração do nitrato de prata em recém-nascidos faz parte do rol de procedimentos chamados “de rotina” na maioria dos hospitais brasileiros. Ou seja: nasceu-pingou! “Mas eu não tenho gonorreia…” PINGOU. “Mas ele nasceu de cesárea…” PINGOU. “Mas ele nasceu com uma deformidade, não tem os olhinhos…” PINGOU! Segundo NETTO e GOEDERT “a Chlamydia trachomatis tem sido o agente infeccioso mais freqüente do que a Neisseria gonorrhoeae em muitas partes do mundo, o que torna a profilaxia de Credé [pingar o nitrato de prata] uma questão controversa devido à ineficácia do nitrato de prata contra a Chlamydia trachomatis.”. (FONTE: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-72802009000500003&script=sci_arttext) Em suma, há controvérsias a respeito da eficácia do colírio quando a mãe está infectada por clamídia. Talvez vc esteja se perguntando aí como saber se vc é portadoras dessas bactérias. É muito simples, basta solicitar ao seu GO q lhe faça um exame chamado SWAB. Nesse exame o médico coleta material da vagina e ânus da mulher com um super cotonete e manda para o laboratório. SE der positivo e SE vc tiver um parto normal, o seu bebê terá que amargar as gotinhas malditas. SE der negativo, vc TEM Q DEFENDER SUA CRIA! SE vc for submetida a uma cesareana, vc TEM QUE DEFENDER SUA CRIA! Certamente vc está pensando que mal tem num coliriozinho de nada… “Não deve ser grave se afinal é um procedimento de praxe”. Ou então vc é do tipo romântica e pensa “Os médicos estudaram e sabem o que é melhor para os nossos bebês…” É bom saber então que o nitrato de prata pode causar conjutivite química, ou seja, é um colírio para evitar conjuntivite que pode provocar conjuntivite! Além disso, em concentrações maiores, costuma ser usado para queimar verrugas. Vc imagina que delícia q deve ser duas gotinhas inocentes nos olhinhos do seu bb? Agora que vc já sabe para que serve o colírio de nitrato de prata, peça a seu GO que lhe faça um SWAB e se der negativo procure se informar imediatamente sobre como burlar esse procedimento. A escolha de um bom pediatra para lhe acompanhar na sala de parto pode resolver a questão muito simplesmente. Quando o Joãozinho nasceu eu já havia conversado com a pediatra anteriormente e ela me garantiu q não pingariam colírio nele. Dicas: - Um acompanhante bem informado é muito útil, recém-parida mulher não está em condições de lutar por seus ideais, principalmente se tiver acabado de sair de uma cesareana. - Se vc vai parir num hospital público ou se maternidade não permite a escolha de um pediatra para o momento do parto, o pai pode escrever um termo de responsabilidade para que não pinguem o colírio, se for o caso. - Procure informação, antes do parto, sobre quais os procedimentos “de rotina” o hospital escolhido adota e compare com outros. De que adianta um quartinho decorado com amor e carinho para um bebê que tem os olhos remelentos que não se podem abrir? O colírio de nitrato de prata deve ser administrado em partos normais se a mãe tiver gonorreia ou clamídia. Faça um exame e faça o melhor para o seu filho! Em tempo: “ A infecção ocular é usualmente adquirida durante a passagem do feto através do canal de parto, sendo incomum afetar recém-nascidos por via cesariana.5” (Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-72802009000500003&script=sci_arttext) *Fonte: Bem Criar Retirado de: http://bibliografiadadoula.wordpress.com/2013/01/07/colirio-de-nitrato-de-prata-no-olho-do-bebe-dos-outros-e-refresco/ Por Ninna Pinheiro
"Antes de pensarmos que a cesárea é indolor (e não é – é só deixar passar o efeito da anestesia!), que tal avaliarmos quanto esse processo é doloroso para o bebê? 1. O bebê retirado antes do trabalho de parto ainda não tem seu pulmão amadurecido. Ainda está molhado e sem produção de surfactante (que só acontece no TP). Respirar dói. 2. O bebê retirado antes do tempo, com pulmão molhado precisa de aspiração. Alguém parou para pensar que enfiar uma cânula do nariz à base pulmonar incomoda, dói pra caramba? Pois é. Dói pacas (pergunta para qualquer paciente de CTI que esteve entubado)! 3. Agora imagina a mesma coisa acontecendo no ânus! Pois é... mais uma cânula sendo enfiada... 4. Sair de ambiente quentinho a 37 graus e cair no ar condicionado, ser colocado de ponta a cabeça e ainda tomar um tapa na bunda (manobra de Tobler - proscrita a vinte e cinco anos da prática médica mundial). 5. Ainda na questão de ponta a cabeça... bebê esteve 40 semanas em média todo enroladinho no útero e de repente se vê esticadão e de ponta a cabeça.... Alguém topa ficar agachado por quase uma hora e levantar de uma tacada só? As costas doem né? Nada como a analogia. 6. O cordão... hmmmm seu pulmão está imaturo, molhado, sem surfactante (líquido pulmonar que carregamos até a hora de morrer, que tem como função fazer o transporte do oxigênio do ar atmosférico para o sangue) e do nada corta-se o cordão obrigando aquele pulmão a funcionar sem preparo.... 7. Quase um terço do volume sanguíneo que o bebê precisa para preenchimento do fígado e do baço para evitar anemia pós parto está no cordão ainda pulsante... São em cerca 45ml de sangue... Para a gente isso não é nada... mas para um recém nascido, é coisa pra caramba... Toma banho de sol, kanakion intramuscular para tentar corrigir algo que não precisaria ser corrigido. 8. Nitrato de prata - alguém experimentou soda cáustica no olho? Não dá nem pra imaginar né? Pois bem... a indicação seria apenas para bebês de partos vaginais que a mãe tivesse gonorreia e clamídia ativa. Mas é protocolo geral. Perguntem aos fofos G.O.! Arde como só, é cáustico. E lá vai o bebe receber isso também! 9. O choro. Não sei da onde as pessoas passam a achar que grito de choro de um recém- nascido é algo normal. Quanto maior o berro, melhor. "Nossa que pulmão hein?" - choro descontrolado só diz uma coisa: algo não está nos conformes. Não é bonito. Desconforto nunca é bonito! Bebês nascidos com dignidade até choram, mas é um choro muito, mas muito diferente... mais para um gemido... Não é um choro gritado. 10. No útero estava tudo escuro. Já ficou no escuro por muito tempo? Os olhos doeram ou arderam quando tudo ficou claro de repente? O mesmo acontece com o bebê que aliás, nunca viu a luz. Alguém parou para pensar quão forte é a luz do foco cirúrgico? Agora imagina se o coitado ainda for para o banho de luz no berçário? Não quero nem pensar. 11. Como todos os animais mamíferos, no momento que nascemos procuramos o seio materno para mamar. É instintivo. Mas na cesárea não existe isso. Vai-se para a mesa de avaliação neonatal. Para todos os procedimentos acima descritos. 12. Vérnix caseoso: Bebês nascem com uma camada esbranquiçada que protege a pele do bebê. Não é para ser retirado. Ele será absorvido pela pele, tornando-a mais resistente ao contato atmosférico. Mas na mesa de avaliação neonatal, o bebê é esfregado vigorosamente para a retirada do vérnix. Advinha porquê?????????????? Bebês rosados e embalados são cosmeticamente mais bonitos. CREDO! 13. Bebês de cesáreas corre o risco sério de serem alimentados no berçário com complemento artificial e com água com glicose. Tá lá na prescrição de rotina do pediatra! E como a mamãe não foi ocitocinada pelo trabalho de parto, a apojadura (descida do leite materno) raramente é imediata pós-nascimento. Mamãe sem leite, bebê com glicose. A cesárea para algumas mulheres pode não ser dolorosa no pós-parto. Mas para TODOS os bebês é." Destrinchando mito por mito da indú$tria do parto e nascimento no Brasil...
"Mitos e Fatos. São poucos os fatos da vida envoltos em tanto mistério, medos e tabus quanto o parto. Talvez nem o sexo tenha sido tão mistificado, alguém aqui já ouviu falar de quem tenha medo de morrer de sexo? Ou de ter falta de líquido, cordão enrolado, bacia estreita para o sexo? Quem já esteve grávida fartou-se de ouvir de amigos, parentes, conhecidos e até de desconhecidos sobre os grandes perigos do parto. Todo mundo tem uma história trágica a contar. São tantas histórias dramáticas que não consigo entender como é que as nossas cidades não estão povoadas de pessoas lesadas, paralisadas, ressecadas e enroladas em cordões assassinos! Sem contar nas mulheres alargadas e com incontinência urinária no último grau. Qual é a grávida que não foi parada pela manicure, pela cobradora do ônibus, pela cunhada da prima da vizinha para ouvir uma história tenebrosa sobre o bebê que bebeu água do parto, que chorou na barriga, que fez cocô no líquido amniótico, que secou de tanto que passou da hora, que tinha 30 voltas de cordão no pescoço, que teve um parto seco, que teve um fórceps tão forte que lhe afundou o crânio de lado a lado? Se você está grávida e se a sua barriga já aparece, certamente você já ouviu uma história dessas e não gostou nada dos pulos que seu coração deu. Pensando em ajudar as mulheres que se encontram nessa situação, aqui vão algumas dicas para ajudar a desmistificar os "grandes perigos" que as cercam quanto mais o parto se aproxima. *** MITO: Falta de Dilatação *** EXPLICAÇÃO - Muitas mulheres hoje em dia dizem que não conseguiram ter um parto porque tiveram falta de dilatação. FATOS - Tecnicamente não existe falta de dilatação em mulheres normais. Ela só não acontece quando o médico não espera o tempo suficiente. A dilatação do colo do útero é um processo passivo que só acontece com as contrações uterinas. *** MITO: Bacia Estreita *** EXPLICAÇÃO - Uma mulher com bacia estreita não teria espaço para a passagem do bebê FATOS - Existem situações não muito comuns em que um bebê é grande demais para a bacia da mulher, ou então está numa posição que não permite seu encaixe. Não mais que 5% dos partos estariam sujeitos a essa condição. Além disso, tecnicamente é impossível saber se o bebê não vai passar enquanto o trabalho de parto não acontecer, a dilatação chegar ao máximo e o bebê não se encaixar. *** MITO: Parto Seco *** EXPLICAÇÃO - Um parto depois que a bolsa rompeu seria uma tortura de tão doloroso. FATOS - A verdade é que depois que a bolsa rompe o líquido amniótico continua a ser produzido, e a cabeça do bebê faz um efeito de "fechar" a saída, de modo que o líquido continua se acumulando no útero. Além disso o colo do útero produz muco continuamente que serve como um lubrificante natural para o parto. *** MITO: Parto Demorado *** EXPLICAÇÃO - Um bebê estaria correndo riscos porque o parto foi/está sendo demorado. FATOS - Na verdade o parto nunca é rápido demais ou demorado demais enquanto mãe e bebê estiverem bem, com boas condições vitais, o que é verificado durante o trabalho de parto. Um parto pode demorar 1 hora como pode demorar 3 dias, o mais importante é um bom atendimento por parte da equipe de saúde. O que dá à equipe as pistas sobre o bebê são os batimentos cardíacos. Enquanto eles estiverem num padrão tranquilizador, então o parto está no tempo certo para aquela mulher. *** MITO: Bebê passou da hora *** EXPLICAÇÃO - O bebê teria como uma "data de validade" após a qual ele ficaria doente FATOS - Os bebês costumam nascer com idades gestacionais entre 37 e 42 semanas. Mesmo depois das 42 semanas, se forem feitos todos os exames que comprovem o bem estar fetal, não há motivos para preocupação. O importante é o bom pré-natal. Caso os exames apontem para uma diminuição da vitalidade, a indução do parto pode ser uma ótima alternativa. *** MITO: Cordão Enrolado *** EXPLICAÇÃO - A explicação é de que o bebê iria se enforcar no cordão umbilical FATOS - O cordão umbilical é preenchido por uma gelatina elástica, que dá a ele a capacidade de se adaptar a diferentes formas. O oxigênio vem para o bebê através do cordão direto para a corrente sanguínea. Assim, o bebê não pode sufocar. *** MITO: Não entrou/não teve trabalho de parto *** EXPLICAÇÃO - A idéia aqui é de que a mulher em questão tem uma falha que a impede de entrar em trabalho de parto FATOS - A verdade é que toda mulher entra em trabalho de parto, mais cedo ou mais tarde. Ela só não vai entrar em trabalho de parto se a operarem antes disso. *** MITO: Não tem dilatação no final da gravidez *** EXPLICAÇÃO - A explicação é que o médico fez exame de toque com 38/39 semanas e diz que a mulher não vai ter parto porque não tem dilatação nenhuma no final da gravidez. FATOS - Tecnicamente uma mulher pode chegar a 42 semanas sem qualquer sinal, sem dilatação, sem contrações fortes, sem perder o tampão e de uma hora para outra entrar em trabalho de parto e dilatar tudo o que é necessário. É impossível predizer como vai ser o parto por exames de toque durante a gravidez. *** MITO: Placenta envelhecida *** EXPLICAÇÃO - A placenta ficaria tão envelhecida que não funcionaria mais e colocaria em risco a vida do bebê FATOS - O exame de ultra-som não consegue avaliar exatamente a qualidade da placenta. A qualidade da placenta isoladamente não tem qualquer significado. Ela só tem significado em conjunto com outros diagnósticos, como a ausência de crescimento do bebê, por exemplo. A maioria das mulheres têm um "envelhecimento" normal e saudável de sua placenta no final da gravidez. Só será considerado anormal uma placenta com envelhecimento precoce, por exemplo, com 30 semanas de gravidez. Curiosamente, a amamentação também tem uma maravilhosa lista de mitos e lendas, sempre no sentido de diminuir a confiança da mãe em sua capacidade. Se você conhece algum mito interessante do parto ou da amamentação que queira nos contar, nós poderemos incluir neste quadro! Aproveite agora para cuidar de você e do seu bebê. Não deixe que os pessimistas de plantão estraguem esse maravilhoso momento da vida de vocês." Por Ana Cristina Duarte, obstetriz Para o site do Parto do Princípio - Mulheres em Rede pela Maternidade Ativa http://www.partodoprincipio.com.br/conteudo.php?src=mitos&ext=html A explicação é que o médico fez exame de toque com 38/39 semanas e diz que a mulher não vai ter parto porque não tem dilatação nenhuma no final da gravidez... mas tecnicamente uma mulher pode chegar a 42 semanas sem qualquer sinal, sem dilatação, sem contrações fortes, sem perder o tampão e de uma hora para outra entrar em trabalho de parto e dilatar tudo o que é necessário. É impossível predizer como vai ser o parto por exames de toque durante a gravidez. Fonte: http://www.partodoprincipio.com.br/ A idéia aqui é de que a mulher em questão tem uma falha que a impede de entrar em trabalho de parto. A verdade é que toda mulher entra em trabalho de parto, mais cedo ou mais tarde. Ela só não vai entrar em trabalho de parto se a operarem antes disso.
Fonte: http://www.partodoprincipio.com.br/ Acesse http://orenascimentodoparto.com.br/, conheça a nossa história e mais sobre o elenco do nosso filme. Por Ana Cristina Duarte, obstetriz
"Poucas coisas causam mais terror no imaginário do brasileiro do que o cordão umbilical. Enquanto em outros países as muheres e médicos nem pensem no assunto, no Brasil esse é o maior hit nas paradas jornalísticas, midiáticas e pseudo-médicas. Quem nunca ouviu essa frase: - Daí o médico fez a cesárea e o bebê tinha duas circulares no pescoço, e ele disse "ainda bem que foi cesárea, pois se fosse parto normal seu bebê teria morrido". Que lorota feia, doutor! Ou a outra não menos clássica: - Meu médico é super a favor do parto normal, mas ele não arrisca. Se tiver algum exame que mostre alguma coisa errada, cordão enrolado no pescoço, por exemplo, ele opera. O cordão umbilical pode medir desde alguns poucos centímetros (é isso mesmo, não existe "cordão curto") até quase 1 metro de comprimento e está sempre enrolado em alguma(s) parte(s) do bebê. Falar em circular de cordão é quase redundância. Como assim um cordão sem circular, num espaço exíguo, com um bebê em constante movimento? Não faz nem sentido. Os bebês interagem com o cordão, seguram, soltam, mexem. Enrolam-se, passam por dentro, fazem nós e voltas. Macramê do bebê. Ele é preenchido por uma substância gelatinosa que dá volume e protege os vasos sanguíneos internos. Acidentes verdadeiros de cordão são situações raríssimas, que podem ocorrer durante a gravidez, por exemplo quando o bebê faz um nó verdadeiro e estica o cordão com seus movimentos, interrompmento assim o fluxo sanguíneo que o mantém. Porém esses eventos são mais raros do que um gêmeo surpresa na hora do parto, um acidente importante de trânsito, é um tipo de loteria ao contrário que atinge 1 a cada 5 mil gestações. Se isso fosse algo de fato constante em nossa espécie, os bebês não se mexeriam loucamente no útero, interagindo com um cordão de 80 cm de comprimento. Se acidentes de cordão fossem algo fácil de ocorrer, nossos cordões teriam 20 cm, e nossos bebês ficariam quietos numa só posição. A natureza teria cuidado de selecionar essas características. O famoso prolapso de cordão - quando o mesmo desce pelo colo do útero e vagina antes da cabeça do bebê, interrompendo fatalmente o fluxo de sangue - é um evento igualmente raro, que ocorre principalmente quando o profissional de saúde rompe a bolsa artificialmente, e já há dilatação do colo do útero porém o bebê está alto. É nessa hora que o cordão pode vir com o líquido. Se não provocarmos a catástrofe artificialmente, na natureza ela é ainda mais rara. As circulares de cordão no pescoço do bebê não representam risco adicional no parto, porque o bebê se movimenta muito menos no final da gestação e já não faz voltas incríveis e absurdas. O cordão sempre está enrolado no braço, no tronco, no pescoço. Uma grande vantagem da circular no pescoço é que o cordão não tem como descer abaixo da cabeça do bebê. Alguns chegam a ter até três ou quatro circulares, os babalorixás intrauterinos. Cerca de um terço dos bebês nascerá com pelo menos uma volta de cordão umbilical ao redor do pescoço. Durante o trabalho de parto o útero contrai e empurra o bebê pelo canal de parto e conforme ele desce, o útero todo desce junto, inclusive placenta e cordão. Não há um aumento de tensão no cordão durante o parto. Tudo vem junto. A grande descida final acontece quando a cabeça do bebê finalmente sai de dentro de sua mãe, mas nesse momento é possível inclusive cortar o cordão, se for necessário. Em dez anos de prática, nunca fiz, nem nunca vi um(a) colega cortar um cordão nesse momento. Se o cordão chegou até ali, dá para o bebê nascer. O mito do cordão que segura o bebê e que não permita que ele desça no canal de parto é outro que precisamos desafazer. O cordão não tem força para segurar um bebê que desce através da bacia pélvica. Se assim fosse, cedo ou tarde um cordão se romperia com o bebê ainda no meio do caminho e isso não existe. Como foi dito, o cordão está descendo junto com o bebê. O problema é que muitos profissionais de saúde incrivelmente não sabem que o trabalho de parto é caracterizado por esse vai e vem do bebê. Contração vem, bebê desce, contração vai, bebê sobe. Cada vez ele desce mais um pouquinho. No momento em que o bebê nasce, o útero desce quase até a altura do umbigo, com a placenta colada e acompanhando o movimento de descida. ou seja, tudo vem junto, não se trata de um bebê bungee jumping. Em nível de curiosidade, sabia que o Brasil é um dos únicos países do mundo em que aparece "circular cervical de cordão" no laudo da ultrassonografia? Será que é por acaso que estamos com 52% de cesarianas? Hoje em dia, entre as parteiras profissionais, já se discute inclusive a necessidade de se sentir se há ou não circular de cordão no momento em que a cabeça sai, e se há qualquer necessidade de se retirar essas alças por cima da cabeça. Pessoalmente penso que não e cada vez intervenho menos. Se a cabeça saiu, o resto vai sair por si só. Deixemos as mulheres e os bebês em paz, eles sabem o que estão fazendo. O monitoramento pode ser feito acessando batimentos, cor e aspecto do bebê. Depois que o bebê nasce, o cordão não deve ser cortado antes de parar de pulsar. O sangue que está lá dentro pertence ao bebê. Aquele sangue é cheio de células T e hemoglobina, sendo muito importante para o primeiro ano de vida. O ideal é que deixemos esses cordões ligados o quanto for necessário. Podemos deixar até a placenta sair, se for o caso. Não há pressa em se cortar o cordão. O bebê não perde sangue por ali, ele só ganha. Em partos emergenciais a ordem é: não mexa no cordão. Tem até alguns grupos que deixam o bebê ligado no cordão (e portanto na placenta) durante horas e alguns durante dias. Cortar o cordão é apenas um ritual, não importa quando e como o façamos, desde que esperemos que ele pare de funcionar e passar sangue para o bebê. Cordões umbilicais são fortes, são protegidos e protegem o bebê. Confiemos um pouco mais na natureza, que vem há cem mil anos filtrando os ajustes, montando um processo de parto que seja o mais seguro possível.PS: Aqui vai um vídeo (cuidado, conteúdo gráfico) de 30 segundos de um parto com muitas circulares de cordão no pescoço. Faça as contas! http://www.youtube.com/watch?v=nnVuIwRX7V0 E aqui vai toda a parte científica, as explicações e as referências bibliográfias sobre o assunto: http://estudamelania.blogspot.com.br/2012/08/a-falacia-da-circular-de-cordao.html Pela fantástica Melania Amorim!" |
Quem escreve?
Silvana: Doula, Pedagoga e mãe em potencial. Do que falamos aqui?
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