O comportamento temperamental (denominado de "birra" no senso comum), em geral, está associado a alguns fatores:
1o Má comunicação - Quando a criança ainda não tem todas as habilidades verbais ou ainda não sabe como traduzir seus sentimentos em palavras. Nesse caso, o adulto precisa auxiliar nessa comunicação que é, em parte interna (consigo mesmo. Exemplo: "você está percebendo que você está muito chateado?" "Quando você fica triste você chora." "O que você está sentindo agora?"), e em parte externa (com o outro. Exemplo: "O que você quer me dizer? ", "Como eu posso lhe ajudar agora?", "vamos conversar ao invés de chorar e ficar nervoso!?") Na Pedagogia Montessori o papel do adulto é sempre o de favorecer o crescimento, a autonomia e a liberdade de expressão da criança. 2o Fator de estresse infantil é a rotina mal estruturada - A falta de tempo pra descansar (verificar a rotina de sono), o corre corre da família ou a falta de tempo junto com os pais, tempo livre e de qualidade. Quando a rotina da família está mal estruturada é comum que as crianças chamem atenção de forma emocional e exagerada, é uma forma de aliviar a tensão e exigir atenção dos pais! 3o Fator de estresse infantil é quando o foco de atenção da criança está muito voltado para a relação com os pais ou adultos em geral - Claro que essa relação é fundamental! Mas em um ambiente de casa montessoriano a criança tem tantos elementos para se dedicar, tanto para explorar, tanto para aprender que a atenção dela fica equilibrada entre o ambiente e as relações com os adultos! Nesse caso recomendo adaptar a casa, veja esse álbum:https://www.facebook.com/media/set/?set=oa.259622817475720&type=1 Lembrando que uma criança de 3 anos já sabe falar, mas NÃO SABE reconhecer e nomear o q sente, principalmente quando está em crise. Cabe a nós ADULTOS as ajudarmos a aprenderem isso, nomeando e explicando os sentimentos pra elas: "então você está com raiva/triste/frustrado porque o colega não quer dividir o brinquedo com você?" e em seguida sugerir soluções possíveis para a situação "mas talvez se você oferecer o seu brinquedo emprestado pro amigo, ele também lhe empreste o dele" no mais eh respirar fundo e ter muuuuita paciência, entender q eles não fazem isso por pura vontade de serem opositores ou desafiadores, mas porque ainda são imaturos e não sabem lidar com as situações. sobre como lidar com os sentimentos, sugiro o livro a baixo, vale SUPER a pena (comentário de Taicy Ávila do blog http://maede1viagem.blogspot.com.br) Textos esclarecedores de Gabriel Salomão no blog Lar Montessori: * Autoridade e Montessori: http://larmontessori.blogspot.com.br/2012/05/o-texto-abaixofaz-parte-de-uma.html * Prêmios e castigo: http://larmontessori.com/2012/05/28/ordem-em-familia-ii-premios-e-castigos/ * Rotina: http://larmontessori.com/2012/06/10/ordem-em-familia-iii-rotina-e-ritual/ Imagem: http://montessoritraining.blogspot.com.br/2010/09/montessori-insights-and-reflections-of_13.html#.UdDy0Mr3NEI Retirado da comunidade do FB: Montessori para mamães https://www.facebook.com/groups/131727546931915/ "Um bebê saudável não é o bastante. Por que tantas mulheres aceitam indicações esdrúxulas de cesárea, agendam cirurgias desnecessárias, abandonam o sonho de parir e passam a contribuir para a vergonhosa estatística de nascimentos cirúrgicos do nosso país?
Sei que as respostas são tão variáveis quanto as pessoas que se depararam com essa escolha. Cada mulher tem a sua história, seus medos e suas motivações. Mas, como antropóloga, acredito que a cultura pró-cesárea pesa muito forte nessa hora. Afinal, se todas estão fazendo, não pode ser tão ruim (algumas até dizem que “parto normal é anormal, normal é a cesárea”). Optar pela cesárea, no nosso Brasil atual, representa um alívio. Significa não precisar mais nadar contra a maré, peitar Deus e o mundo, ser chamada de louca ou taxada de masoquista (“pra quê sofrer??”). Nessa nossa cultura de valores invertidos (onde o que importa é o produto e as aparências, não as pessoas e seus desejos) e machistas (em que a vagina ou é “assassina” ou é “o parquinho do marido”), submeter-se à cesárea é “pensar no bebê” e “insistir” no parto normal é egoísta. Pois eu não concordo. Não mesmo. Primeiro porque, apesar das crendices e dos mitos de cordões assassinos e vaginas deformadoras de crânio, a ciência diz categoricamente que a via vaginal é a melhor via de nascimento para um bebê salvo em raríssimos casos. E segundo porque eu não acredito que o parto se resume ao nascimento de um bebê – ou melhor, à extração desse produto bebê do corpo (traiçoeiro, descontrolável, perigoso) de sua mãe. O parto é da mulher, do bebê e da família e merece ser vivido de forma plena, crua e totalmente personalizada (e não por isso menos segura e prazerosa), por essa família. Quando o parto se torna “um mal necessário” para conseguir “um bebê saudável” – como ocorre na nossa cultura – todos saem perdendo. Eis que essa semana li um texto publicado no site da organização Improving Birth, cuja missão é promover o cuidado baseado em evidências e a humanização do parto e nascimento, que caiu como uma luva, e quero agora compartilhá-lo com vocês. Escrito pela Cristen Pascucci, vice-presidente da organização Improving Birth e especialista em política e comunicação, o original pode ser encontrado no seguinte link* e a tradução segue abaixo. Espero que gostem do texto tanto quanto eu*." Um bebê saudável não é tudo o que importa por Cristen Pascucci "Ouvimos toda hora que “um bebê saudável é tudo o que importa”. Isso simplesmente não é verdade – especialmente quando, com mais frequência do que deveria, o que queremos dizer é que, tanto para mães quanto para seus bebês, basta “sobreviver ao parto”. Isso não chega nem perto de ser bom o bastante. A verdade é que hoje, aqui e agora, o padrão não só pode como deve ser mais alto: um bebê saudável, uma mãe saudável e uma experiência positiva e respeitosa para todos, centrada na família. Por que isso é tão importante? Porque o que nós esquecemos quando o foco é meramente em “sobreviver” ao parto é que, para mães, dar à luz não representa só um dia entre muitos dias de suas vidas. Para a grande maioria de nós, o parto não se resume à extração de um feto de nossos úteros da maneira mais eficiente possível. O parto é uma experiência marcante, que fica gravada na memória para sempre. Pergunte à maioria das mães como foi o seu parto e você vai ver e ouvir a emoção vir à tona enquanto compartilham suas histórias – histórias estas que, boas ou ruins, nós revivemos intensamente e com frequência, queiramos ou não. E não esqueçamos que nossas experiências podem ter consequências importantes, duradouras e permanentes para a nossa saúde. O parto afeta o puerpério (quem nunca ouviu falar nos baby blues, aquela melancolia pós-parto?), os relacionamentos com nossos bebês e nossas famílias, e nossas atitudes perante nós mesmas e os partos que teremos no futuro. Para os bebês, trata-se de sua primeira impressão do mundo e daqueles que serão seus principais cuidadores. Estamos comunicando aos nossos bebês desde o primeiro dia o que é o mundo, se é ameaçador ou seguro, e como nos relacionamos com esse mundo. Essa relação não poderia ser muito melhor se adentrássemos a maternidade fortalecidas pelo parto, confiantes e apoiadas? É claro que no mundo real o parto não segue o padrão de um livro texto; complicações, mudanças de planos e desfechos indesejados acontecem. Mas mesmo nesses casos, uma mulher ainda pode ser respeitada e apoiada. Talvez não sejamos capazes de controlar a natureza, mas podemos sim controlar como tratamos as mulheres durante o trabalho de parto e nascimento. Até quando acontece o pior (especialmente quando acontece o pior!), não há nenhuma desculpa para um tratamento que não demonstre o máximo de respeito, deferência e compaixão pela parturiente enquanto ela faz suas escolhas. Porque o que é mais curioso sobre a frase de “bebê saudável” é que, com tanta frequência, ela é empregada para justificar uma experiência decepcionante, difícil ou traumática. É dita por nossos médicos, nossos amigos e nossos parentes enquanto ainda não nos recuperamos do choque do que acabou de acontecer: enquanto tentamos entender uma experiência que fugiu, inesperadamente, ao nosso controle. E sim, também dizemos a frase para nós mesmas. Então qual é a peça chave para um novo padrão? Somos nós! São as mulheres cujo dinheiro alimenta a indústria que nos provê desses serviços e cuidados. Embora muitas não tenham se tocado disso, somos nós que estamos com a faca e o queijo na mão. Imagine o que aconteceria se nós, milhões de mães e pais e seus amigos, de fato tomássemos para nós esse poder e fizéssemos uso dele. Podemos começar pela educação, nos informando sobre o que seria um cuidado digno – respeitoso, baseado em evidências – e daí passando a buscar esse cuidado com consciência crítica quando conversamos com potenciais médicos. Podemos ficar atentos aos sinais de alerta – coisas como ouvir do médico que “não será permitido” ou que você “não pode” fazer tal coisa – e parar de ignorar nossos instintos! Na minha opinião, escutar uma frase como “um bebê saudável é a única coisa que importa” se encaixa nessa categoria. Essa frase me diz, “o que quer que aconteça na sala de parto/centro cirúrgico, você não terá o direito de reclamar. Se nós lhe entregarmos um bebê vivo, fizemos o nosso trabalho.” Por fim, e talvez o que é mais importante, podemos exercer o nosso poder abandonando aqueles médicos que não nos oferecem bebês saudáveis, mães saudáveis e uma experiência positiva, respeitosa e centrada na família. Para mães e bebês, sobreviver ao parto não é o bastante. É só o ponto de partida." * Do blog "A mãe que quero ser". Meu nome é Clarissa, sou antropóloga de formação, editora de livros de profissão, feminista de coração e ativista da maternidade consciente por vocação. Tenho 33 anos e esse é o meu primeiro blog. Aqui, quero levantar questões relevantes ao universo da gestação e criação de filhos baseadas nas minhas leituras, reflexões e crenças. Pretendo falar muito sobre livros e teorias que conheci como editora e leitora voraz, incluindo, entre outras, assuntos das áreas de antropologia, psicologia, sociologia e medicina baseada em evidências (infelizmente pouco praticada num mundo onde prevalecem questões econômicas e ideológicas). Mas também quero trazer assuntos atuais e pertinentes, de tudo um pouco. A ideia é informar, instigar e inspirar. E quero que seja uma via de mão dupla! Vou logo dizendo que tenho opiniões e convicções fortes. No entanto, a mais forte de todas é a liberdade: acho que toda mulher deveria se sentir livre e segura para tomar as suas próprias decisões, sempre que possível baseadas em uma clara e real noção das consequências e motivações das mesmas. Ou seja, acho que pensar é preciso. Espero que esse blog seja um espaço para pensarmos juntas questões relacionadas ao maravilhoso mundo que pretendo conhecer em breve: a maternidade. Acesse o blog... http://amaequequeroser.wordpress.com/2013/02/10/um-bebe-saudavel-nao-e-o-bastante/ … e suas possíveis respostas, para todos os gostos. :-)
1. Você vai parir em casa… mas vai ser parto normal??? resposta polida-cara-de-alface: sim. mas me diz, você acha que vai virar o tempo no final de semana? resposta baseada em evidências: sim, porque cesárea só em um centro cirúrgico dentro de um hospital, né? resposta voadora-no-peito: bom, a princípio sim. mas se tiver que ser cesárea, já tô preparada: liguei ontem mesmo pra polishop e já reservei meu conjunto de facas guinsu! 2. Antigamente as mulheres só tinham filhos em casa, por isso que morriam tantos bebês!! resposta polida-cara-de-alface: ah, mas se tiver qualquer risco, a gente corre pro hospital! e a joanete da sua avó, tá firme e forte ainda? resposta baseada em evidências: veja bem, parto em casa planejado é diferente de parto em casa por falta de opção. parto em casa planejado tem acompanhamento pré-natal por profissional qualificado, o profissional está preparado para avaliar riscos e determinar uma transferência para o hospital se necessário, e só gestante de baixo risco pode parir em casa. resposta voadora-no-peito: tem galho não! filho é que nem biscoito, vai um e vem dezoito… qualquer coisa eu faço outro rapidinho! 3. Mas você vai parir como, de cócoras? Pelamordedeus, isso é coisa de índia!! resposta polida-cara-de-alface: ah, não sei, na hora eu decido. mas menina, e aí, o que você acha, vai ter copa ou não vai ter copa?? resposta baseada em evidências: olha, as posições mais verticalizadas são comprovadamente melhores para parir, porque o corpo conta com a ajuda da gravidade para expulsar o bebê. e para parir de cócoras não precisa de um super preparo físico não, você pode parir de cócoras sustentada, por uma pessoa atrás de você, ou sentada na banqueta de cócoras. quer ver uma foto? resposta voadora-no-peito: pois é, mas eu tenho sangue indígena, sabia? aliás, a minha tataravó era de uma tribo canibal, e os primeiros a serem devorados eram sempre aqueles que diziam as maiores bobagens. você lá estaria correndo um risco danado, sabia? 4. Mas você quer parir onde, na banheira? Eu ouvi dizer que é perigoso pro bebê nascer na água, ele pode até se afogar! resposta polida-cara-de-alface: jura? nossa, vou pesquisar sobre isso. aliás, falando em se afogar, menina, e as enchentes lá no norte, hein? resposta baseada em evidências: você sabe como é o ambiente onde o bebê passa nove meses dentro da barriga? pois é, é um meio líquido, por isso o nascimento na água é uma experiência mais tranquila e menos traumática. o parto na água é totalmente seguro para a mãe e o bebê, além do fato que a água quente alivia a dor e diminui a necessidade de analgesia. resposta voadora-no-peito: você nunca ouviu aquele ditado que diz que “quando a água bate na bunda, nego aprende a nadar”? pois é, eu sou muito radical com essas coisas, quero que ele aprenda a se virar desde cedo, independência é tudo nos dias de hoje, menina! 5. Parir em casa?? Nossa, mas o seu marido deixa?? resposta polida-cara-de-alface: deixa, deixa sim. decidimos juntos, na verdade. aliás lembrei que preciso ligar pra ele, a gente se fala todo dia nesse horário… dá uma licencinha? resposta baseada em evidências: bom, ele não tem que deixar nada, né? o parto é da mulher, o protagonismo feminino é condição sine qua non para um parto ativo. mas é claro que é super bacana e faz toda diferença contar com o apoio do parceiro, por isso a gente conversou muito, ele leu uma porção de coisas, teve acesso a todo tipo de informação de qualidade e evidências científicas, e hoje virou um super ativista da humanização do nascimento e defensor ferrenho do parto domiciliar! resposta voadora-no-peito: marido?? pra quê marido, fia?? usei como doador de esperma só, depois chutei longe!! mas me diz uma coisa… e o seu marido, deixa você usar esse corte de cabelo, é?? 6. Mas parto em casa, numa cidade como São Paulo? E se você precisar ir para o hospital, como faz com o trânsito? resposta polida cara-de-alface: puxa, vou conversar com o meu cuidador sobre isso… mas por falar em trânsito, e a greve dos metroviários, hein? resposta baseada em evidências: caso seja necessária a transferência para um hospital – o que acontece em uma parcela muito pequena dos partos domiciliares planejados -, a equipe leva em consideração todas as possibilidades, inclusive os horários de maior trânsito e a distância entre a casa e o hospital. resposta voadora-no-peito: o trânsito não é nada, pior é ter que torcer pra não nascer num dia de rodízio! mas ó, querida, eu sou chique! já reservei o helicóptero, se precisar de transferência, vou toda linda lá no céu enquanto o povaréu se debate no trânsito, fica tranquila!! 7. Mas e se você estiver em casa e não aguentar a dor, como faz?? resposta-polida-cara-de-alface: não sei, melhor deixar pra pensar nisso na hora, né? mas menina, e aquele bolo que você postou no face outro dia, me passa a receita? fiquei com água na boca, e você sabe, grávida não pode passar vontade… resposta baseada em evidências: bom, há alternativas não farmacológicas para o alívio da dor, né? você sabia que a presença de uma doula diminui muito os pedidos por anestesia? tem banho de chuveiro, massagem, banheira, tudo isso dá pra fazer em casa e ajuda a aliviar a dor. além do mais, só o fato de estar em um ambiente onde a mulher se sente segura, acompanhada de pessoas em quem ela confia, ao invés do ambiente inóspito e impessoal de um hospital, já colabora para que a mulher suporte a dor com mais facilidade. você já ouviu falar do círculo vicioso medo-tensão-dor? resposta voadora-no-peito: olha, querida, se eu estou aqui aguentando esse seu papinho-aranha, pode ter certeza que eu encaro a dor de um TP com o pé nas costas. sério, nada pode ser mais doloroso do que isso! * acreditem ou não, TODAS as falas são reais, e foram ouvidas por mim em uma das duas gravidezes, quando eu dizia que ia parir em casa. já a minha resposta de escolha para cada uma delas, essa eu não entrego qual foi, sob pena de acabar com a minha fama de boa moça (se é que eu ainda tenho alguma). Evidencias sobre o parto em casa: http://estudamelania.blogspot.com.br/2012/08/estudando-parto-domiciliar.html?q=parto+domiciliar Retirado de: http://umavezmamifera.wordpress.com/2014/06/06/7-coisas-estupidas-para-nao-dizer-a-mulher-que-vai-parir-em-casa/ Foto: Divulgação Você está grávida? Tanto faz, um parto normal ou uma cesárea? Ou prefere mesmo uma cesárea? Tudo bem. Desde que você faça uma escolha consciente.
Vale muito a pena ler. Por Maíra Libertad (Enfermeira Obstetra, parteira domiciliar e pesquisadora). Tradução livre e adaptada de trechos do documento “Vaginal or Cesarean Birth: What Is at Stake for Women and Babies?” (Parto vaginal ou cesárea: o que está em jogo para mulheres e bebês?) da organização Childbirth Connection, de 2012. Referência completa: Childbirth Connection (2012). Vaginal or Cesarean Birth: What Is at Stake for Women and Babies? New York: Childbirth Connection. Full report available online at:http://transform.childbirthconnection.org/reports/cesarean. Companion materials for women available at:http://www.childbirthconnection.org/cesarean. Sumário dos Resultados Nossa avaliação abrangente revela o seguinte: De 14 resultados adversos maternos relacionados à gestação atual, evidências suficientes demonstram que 8 deles favorecem o parto vaginal [incluindo as mulheres que planejaram parto vaginal inicialmente e tiveram cesárea] e evidências limitadas sugerem que os 6 restantes também favorecem o parto vaginal. De 4 desfechos adversos neonatais (relacionados ao bebê), evidências suficientes demonstram que 1 favorece o parto vaginal, evidências limitadas sugerem que 2 favorecem o parto vaginal e as evidências são conflitantes (inconclusivas) sobre 1 desfecho restante. De 4 doenças da infância analisadas, evidências suficientes demonstra que 3 favorecem o parto vaginal e as evidências são conflitantes e limitadas para o desfecho restante. Dos 3 resultados relacionados a aspectos psicossociais examinados, as evidências são conflitantes, mas sugerem uma possível associação com a cesárea em todos os 3. Em relação às gestações subsequentes, dos 9 resultados adversos maternos avaliados, evidências suficientes demonstram que 6 favorecem o parto vaginal no nascimento anterior e evidências limitadas sugerem que os 3 restantes também favorecem o parto vaginal anterior. Dos 6 resultados adversos perinatais em gestações subsequentes, evidências limitadas sugerem que 2 favorecem o parto vaginal e os dados são conflitantes para os outros 4. Dos 5 desfechos relacionados à disfunção do assoalho pélvico, nenhum favorece o parto vaginal, a via de parto parece não influenciam em outros 2 e 3 favorecem a cesárea, porém, desses 3, 2 favorecem a cesárea apenas no curto prazo ou apenas no que diz respeito a sintomas leves ou moderados. Dos 4 desfechos relacionados a lesões no bebê relacionadas ao nascimento, a via de parto parece não fazer diferença para 3 deles, nenhum favorece o parto vaginal e evidências limitadas sugerem que 1 favorece a cesárea. Nota: Nas situações em que as diferenças entre as vias de parto puderam ser quantificadas, nós reportamos o tamanho dessas diferenças (diferença de risco absoluto) em uma escala de “MUITO PEQUENO” até “MUITO GRANDE” de acordo com as magnitudes padronizadas em um denominador de 10.000 [número de eventos em 10.000 nascimentos] (ver Tabela 1). A escala padronizada permite que os leitores façam comparações de forma rápida e fácil e 10.000 foi escolhido como denominador comum para capturar a ampla variação nas taxas de diversos resultados avaliados. Em alguns casos, os estudos reportaram apenas razões de risco ou de chance, o que significa que a diferença não pode ser quantificada [nestes casos, está informado no texto que, apesar de haver uma diferença positiva ou negativa em favor de uma das opções, ela não pode ser quantificada com os dados dos estudos disponíveis]. A menos que mencionado de forma diferente, todas as diferenças foram estatisticamente significativas, isto é, é improvável que se devam apenas ao acaso. Que efeitos físicos podem ocorrer mais frequentemente em mulheres submetidas à cesárea? (quando se compara ao parto vaginal) Morte materna: Mais mulheres parecem morrer como resultado da cesárea, mas o número excedente não pode ser calculado a partir dos estudos examinados. Parada cardíaca: Evidências limitadas sugerem que um número excedente MODERADO de mulheres saudáveis pode passar por uma parada cardíaca associada à cesárea, comparadas com mulheres similares que planejaram um parto vaginal. Histerectomia de emergência: Um número adicional PEQUENO a MODERADO de mulheres que são submetidas à cesárea passam por histerectomias de emergência, quando comparadas a mulheres que têm um parto vaginal. Eventos tromboembólicos (coágulos no sangue): Um número adicional PEQUENO a MODERADO de mulheres saudáveis desenvolvem coágulos em decorrência da cesárea. Complicações anestésicas: Evidências limitadas sugerem que um número adicional MODERADO de mulheres saudáveis que têm cesáreas pode passar por complicações com a anestesia, quando comparadas com mulheres similares que têm partos vaginais espontâneos. Infecções maiores: Evidências limitadas sugerem que um número adicional MODERADO a GRANDE de mulheres saudáveis que têm cesárea planejada passam por infecções pós-parto maiores, quando comparadas a mulheres que têm ou planejam um parto vaginal. Complicações raras e com risco de morte: Evidências limitadas sugerem que mais mulheres apresentam embolia por líquido amniótico ou pseudoaneurisma de artéria uterina depois de uma cesárea do que após um parto vaginal, mas esse número excedente não pode ser calculado dos estudos analisados. Infecção da ferida (da cesárea ou perineal): Um número excedente GRANDE de mulheres saudáveis submetidas à cesárea tem infecções da ferida comparadas com aquelas que planejam um parto vaginal. Hematoma (da cesárea ou perineal): Evidências limitadas sugerem que um número excedente GRANDE de mulheres saudáveis tem hematomas da ferida após cesárea, quando comparadas a mulheres que planejam um parto vaginal. Deiscência da ferida (da cesárea ou perineal): Evidências limitadas sugerem que um número adicional PEQUENO de mulheres saudáveis submetidas à cesárea tem deiscência da ferida, quando comparadas a mulheres planejando um parto vaginal. Permanência no hospital: Cesárea planejada aumenta a duração da internação entre 0,6 e 2 dias, quando comparada ao parto vaginal planejado. Readmissão no hospital após a alta: Um número adicional MODERADO a GRANDE de mulheres saudáveis que tiveram cesárea requerem reinternação após a alta. Problemas com a recuperação física: Com a exceção da presença de hemorroidas, que são mais comuns após o parto vaginal, um número adicional GRANDE a MUITO GRANDE de mulheres que passam por uma cesárea apresentam problemas de recuperação física, incluindo: saúde geral, dores no corpo, cansaço extremo, problemas de sono, problemas intestinais, habilidade para realizar suas atividades diárias e atividades pesadas, quando comparadas a mulheres que têm partos vaginais espontâneos. Dor pélvica crônica: Mais mulheres apresentam dor pélvica crônica depois de uma cesárea do que após um parto vaginal, mas o número excedente não pode ser calculado a partir dos estudos analisados. Quais efeitos físicos relacionados aos bebês podem ocorrer mais frequentemente após uma cesárea? (quando se compara ao parto vaginal) Mortalidade neonatal: Evidências limitadas sugerem que os bebês de mulheres que têm uma primeira cesárea eletiva podem estar sob maior risco de morte neonatal comparados a mulheres de baixo risco planejando um parto vaginal, mas o número excedente de mortes não pode ser calculado a partir dos estudos incluídos. Síndrome do desconforto respiratório: Quando o nascimento ocorre antes das 39 semanas, mais bebês nascidos por cesárea apresentam síndrome da angústia respiratória do recém-nascido, mas o número excedente não pode ser calculado a partir dos estudos analisados. Hipertensão pulmonar: Evidências limitadas sugerem que um número adicional MODERADO de bebês nascidos por cesárea eletiva podem desenvolver hipertensão pulmonar. Ausência de amamentação: Evidências conflitantes sugerem que bebês nascidos por cesárea podem estar sob risco adicional de não serem amamentados. Qual papel a cesárea pode desempenhar no desenvolvimento de doenças crônicas da infância(quando se compara ao parto vaginal) Asma: Cesárea aumenta a probabilidade de desenvolver asma na infância, mas o número excedente de casos não pode ser calculado a partir dos estudos analisados. Diabetes Tipo 1: Cesárea aumenta a probabilidade de desenvolver diabetes Tipo 1 na infância, mas o número excedente de casos não pode ser calculado a partir dos estudos analisados. Rinite alérgica: Cesárea aumenta a probabilidade de desenvolver rinite alérgica na infância, mas o número excedente de casos não pode ser calculado a partir dos estudos analisados. Alergia alimentar sintomática: Evidências limitadas e conflitantes sugerem que a cesárea aumenta a probabilidade de desenvolver alergia alimentar na infância, mas o número excedente de casos não pode ser calculado a partir dos estudos analisados. Obesidade: Evidências limitadas sugerem que um número adicional GRANDE de crianças nascidas por cesárea podem estar obesas aos 3 anos de idade (quando comparadas às nascidas de parto normal). Quais são os potenciais efeitos das cesáreas nas futuras gestações e partos das mulheres? Fertilidade prejudicada: Mais mulheres apresentam problemas de fertilidade depois de uma cesárea do que após um parto vaginal, mas o número excedente não pode ser calculado dos estudos analisados. Infertilidade voluntária: Um número excedente GRANDE a MUITO GRANDE de mulheres escolhe não engravidar novamente após uma cesárea. Placenta prévia: Um número excedente PEQUENO de mulheres com uma primeira gestação terminada em cesárea desenvolve placenta prévia na gestação seguinte, mas o número excedente não pode ser calculado a partir dos estudos examinados. Um número excedente GRANDE de mulheres desenvolve placenta prévia após duas ou mais cesáreas. Placenta acreta: Um número excedente PEQUENO de mulheres com um primeiro nascimento via cesárea desenvolve placenta acreta na gestação seguinte. Um número excedente GRANDE de mulheres desenvolve placenta acreta após múltiplas cesáreas. Descolamento de placenta: Um número adicional MODERADO de mulheres com primeira gestação terminada em cesárea tem descolamento de placenta em gestações subsequentes. Histerectomia: Um número adicional MODERADO de mulheres com primeira gestação terminada em cesárea requer uma histerectomia de emergência durante nascimentos subsequentes, quando comparadas a mulheres com partos vaginais prévios. Evidências limitadas sugerem que esse excedente aumenta em gestações subsequentes. Ruptura uterina: Um número excedente MODERADO de mulheres com cesárea prévia passará por uma ruptura uterina, quando comparadas a partos vaginais anteriores. Admissão em UTI: Evidências limitadas sugerem que um número adicional GRANDE de mulheres com cesáreas prévias são admitidas em UTI no nascimento seguinte, quando comparadas com mulheres com partos vaginais anteriores. Readmissão no hospital após a alta: Evidências limitadas sugerem que um número adicional MODERADO de mulheres com cesáreas prévias são readmitidas no hospital após a alta no nascimento seguinte, quando comparadas com mulheres com partos vaginais anteriores. Quais são os potenciais efeitos de um útero com uma cicatriz nos futuros bebês? Óbito fetal: Dados são conflitantes, mas sugerem que um número excedente PEQUENO a MODERADO de bebês crescendo em um útero com uma cicatriz terão óbito fetal. Óbito perinatal ou neonatal: Dados são conflitantes, mas sugerem que mais bebês crescendo em um útero com uma cesárea podem morrer no final da gestação ou uma semana após o nascimento, mas o número excedente, se houver, não pode ser calculado a partir dos estudos examinados. Nascimento prematuro ou baixo peso ao nascer: Dados são conflitantes sobre se uma cesárea prévia resulta em risco aumentado de nascimento prematuro e concomitante baixo peso ao nascer. Pequeno para a idade gestacional (PIG): Dados são conflitantes sobre se uma cesárea prévia resulta em risco aumentado de bebê PIG em uma próxima gestação, quando comparado ao de mulheres com partos vaginais anteriores. Necessidade de ventilação no nascimento: Evidências limitadas sugerem que um número adicional GRANDE de bebês cujas mães têm cesáreas prévias pode requerer ventilação (ajuda para respirar) no nascimento quando comparados a bebês cujas mães tiveram partos vaginais anteriores. Estadia hospitalar maior do que 7 dias: Evidências limitadas sugerem que um número adicional GRANDE de bebês cujas mães têm cesáreas prévias tem uma internação de mais de 7 dias, comparados a bebês cujas mães tem partos vaginais anteriores. Retirado de: http://vilamamifera.com/mulheresempoderadas/diga-tudo-mas-nao-diga-que-a-cesarea-e-tao-segura-quanto-um-parto-normal/ Mais uma ideia que segue os princípios da exterogestação.
Rede de bebe feita com um sling. Bebe de 1 Mês. |
Quem escreve?
Silvana: Doula, Pedagoga e mãe em potencial. Do que falamos aqui?
All
|