O mergulho na água em temperatura corporal pode ter, de fato, um efeito totalmente incrível. Durante as contrações da fase da dilatação, a água morna diminui a dor e relaxa, pois a musculatura do canal do parto torna-se muito mais elástica. O ciclo vicioso "dor-medo-tensão-dor" nem se inicia.
A própria mulher libera analgésicos (endorfinas), com que inibe as catecolaminas, substâncias mensageiras do estresse, como a adrenalina. Não se desenvolve uma respiração de estresse, que consumiria mais oxigênio durante as contrações, mantendo estável o aporte de Oxigênio para a mulher e feto. Discute-se até a mãe não necessitaria de menos oxigênio quando ela sente as contrações dentro da água. Deste modo poderia a mãe dentro da água disponibilizar mais oxigênio para o bebê, uma vez que ela consome menos. A análise do sangue do cordão umbilical de bebês nascidos na água confirma na maioria das vezes, uma alta vitalidade dessas crianças, que foi documentada entre outros sinais, pelo elevado tônus muscular, pelo movimento ativo e pela coloração da pele. Fonte: Cornelia Enning - O Parto na Água: um guia para pais e parteiros.