Fonte: http://www.partodoprincipio.com.br/
Os bebês costumam nascer com idades gestacionais entre 37 e 42 semanas. Mesmo depois das 42 semanas, se forem feitos todos os exames que comprovem o bem estar fetal, não há motivos para preocupação. O importante é o bom pré-natal. Caso os exames apontem para uma diminuição da vitalidade, a indução do parto pode ser uma ótima alternativa.
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Na verdade o parto nunca é rápido demais ou demorado demais enquanto mãe e bebê estiverem bem, com boas condições vitais, o que é verificado durante o trabalho de parto. Um parto pode demorar 1 hora como pode demorar 3 dias, o mais importante é um bom atendimento por parte da equipe de saúde. O que dá à equipe as pistas sobre o bebê são os batimentos cardíacos. Enquanto eles estiverem num padrão tranquilizador, então o parto está no tempo certo para aquela mulher.
Fonte: http://www.partodoprincipio.com.br/ "Existem situações não muito comuns em que um bebê é grande demais para a bacia da mulher, ou então está numa posição que não permite seu encaixe. Não mais que 5% dos partos estariam sujeitos a essa condição. Além disso, tecnicamente é impossível saber se o bebê não vai passar enquanto o trabalho de parto não acontecer, a dilatação chegar ao máximo e o bebê não se encaixar."
Fonte: http://www.partodoprincipio.com.br/ Iniciando a série "Mitos que sustentam o sistema", segue o mito nº1!
Por Ana Cristina Duarte, obstetriz “Eu não tive dilatação!" Levanta o mouse para cada vez que você ouviu essa frase, e também se você a proferiu. Não, esquece, você deve ter outras coisas a fazer depois de algumas horas levantando o mouse sem parar. Vamos aos chocantes fatos: não existe falta de dilatação. Mas por favor, antes que você comece a ranger dentes e ficar com os olhos vermelhos de ódio, leia esse texto até o fim. Se sobrar alguma dúvida ou restar a discordância, conversemos com amor! A dilatação do colo do útero é um processo passivo que ocorre quando as contrações encurtam as fibras musculares do útero, empurrando o bebê para baixo e puxando o colo para cima. Essas contrações, uma após a outra, vão puxando o colo de tal forma contra a cabeça do bebê, que é como se ele estivesse vestindo uma blusa de gola muito apertada. Cada vez que o útero contrai no trabalho de parto, a gola veste mais um pedaço de milímetro de sua cabecinha. A contração passa, o colo relaxa, mas não volta a fechar o que já abriu. Na contração seguinte, é puxado mais um pouco. Lá pelas tantas o colo "veste" toda a cabeça do bebê, em seu maior diâmetro. Essa é a "dilatação total", e nessa hora o colo do útero tem aproximadamente 10 cm de diâmetro. Porque então tantas mulheres (especialmente as usuárias do serviço privado) têm tantos problemas de dilatação? Bem, existem algumas causas, vamos a elas: 1) Se a mulher não entrar em trabalho de parto e não ficar em trabalho de parto, ela obviamente não terá dilatação (a não ser que tenha uma patologia que a faça dilatar precocemente). Portanto quando a mulher vai na consulta de 38, 39 semanas, e o obstetra diz que ela não tem dilatação, o certo seria responder: "Claro, doutor, se eu estivesse em trabalho de parto eu saberia". 2) O trabalho de parto é caracterizado por contrações espontâneas de 3 em 3 minutos (aproximadamente), que duram de 1 minuto a 90 segundos. Em outras palavras, quando a mulher fica 12 horas "em trabalho de parto", com contrações a cada 10 minutos, isso não era trabalho de parto. Isso eram os pródromos, o princípio, a fase de instalação do processo do parto. 3) Tem mulher que demora mais para entrar em trabalho de parto efetivo, e pode ficar 2 ou 3 dias com contrações ritmadas, mas que não chegam a engrenar nos 3 em 3 minutos. É preciso muita paciência e muita doula para lidar com essa longa latência, mas o fato é que uma hora ela vai entrar em trabalho de parto. 4) Quando a bolsa se rompe e não há dilatação, é necessário esperar. Após longa espera, é possível se induzir o parto. Uma indução bem feita (preparação do colo com prostaglandinas e posterior aumento da dinâmica com ocitocina) pode levar 48 horas facilmente. Nem todo serviço e nem todo obstetra está disposto a ficar 48 horas induzindo um parto. 5) Ocitocina aplicada numa mulher sem dilatação só faz provocar contrações dolorosas, intensas, e que não fazem o colo do útero dilatar. Muitas vezes essa é a "técnica de convencimento" que alguns profissionais usam para a mulher desistir do parto normal e pedir uma cesárea pelo amor de Deus. 6) Dependendo do estado de tensão da mulher, ela pode bloquear a dilatação ou ter um processo muito lento, absurdamente lento. Para essas mulheres, a analgesia de parto normal (peridural ou combinada, raqui não) pode ser um tremendo alívio e não foram poucas as vezes que vi mulheres estacionadas nos 3 ou 4 ou 5 cm há muitas horas evoluírem para parto espontâneo apenas duas horas após analgesia. E se duvidam, posso indicar um anestesista com quem trabalho e que já testemunhou inúmeros casos assim, para explicar como isso funciona. 7) Em dez anos trabalhando semanalmente com três equipes que têm 10% de cesarianas, mais de 400 mulheres atendidas por mim quando era doula, além das centenas atendidas por elas em que eu não estava presente, mas sim outras doulas, eu nunca vi uma cesariana feita por falta de dilatação. Nunca! Nos 10% de cesarianas em trabalho de parto entraram basicamente: estresse fetal antes da dilatação total ou desproporção céfalo-pélvica. Em outras palavras, as poucas cesarianas feitas antes da dilatação total foram feitas porque o bebê se cansou e não dava mais para esperar terminar o processo de dilatação, sob risco dessa espera fazer mal ao bebê. 8) Para chegar de fato nos dois últimos centímetros de dilatação e atingir a tal "dilatação total", o bebê já tem que estar descendo através da bacia pélvica. Por isso, nos casos em que há a verdadeira desproporção céfalo-pélvica, a mulher dilata até 8-9 cm. Talvez esse último centímetro que falta jamais venha a ser vencido. Após todas as tentativas de ajudar o nascimento, às vezes com algumas intervenções, pode ser que o bebê de fato não passe pela bacia pélvica, e nesse caso a cesariana seja feita quando a dilatação estacionou nos 8-9 cm. 9) A dilatação não é um processo simétrico. Ela depende da posição da cabeça do bebê. Normalmente o último centímetro a abrir está à frente da cabeça do bebê, próximo ao osso púbico materno, internamente. A esse último centímetro chamamos de "rebordo de colo" ou "rebordo anterior". Com paciência, esse último centímetro desaparecerá, e o bebê nascerá. Às vezes pode ser preciso ou pode ser útil abreviar o tempo do parto reduzindo-se esse último centímetro com um exame de toque. Isso se chama "redução do colo". É um processo doloroso, que deve ser evitado a todo custo, se possível. 10) A única coisa que pode impedir um colo de dilatar é um tumor grave no tecido. Tirando essa situação, todas as mulheres irão dilatar, se tiverem os recursos, tempo e equipe necessários. Para aguardar que todas as mulheres dilatem, precisamos ter disponíveis profissionais bem dispostos, sem pressa, com repertório, incluindo parteiras, doulas, obstetras, anestesistas e pediatras. É preciso haver recursos completos para alívio da dor como ambiente agradável, bola, banqueta, banheira, chuveiro, massagem, alimentos, conforto para os acompanhantes, etc. E por fim, é preciso ter disponível analgesia de boa qualidade para as poucas mulheres que necessitam.” Texto retirado de: http://vilamamifera.com/mamiferas/como-voce-quer-nascer/
Era um mundo silencioso. Já reconheço a voz doce da minha mãe, a grave voz do meu pai e algumas pessoas que sempre estão por perto. Aqui o mundo é constante. Não sinto frio, ou fome. Desconheço a sede, o ritmo, a gravidade. Os ruídos são constantes: o pulsar das veias, as batidas do coração, o ruidoso estômago. Já sabem que posso detectar a luz ou ausência total dela. Sinto medo, tenho pesadelos, tenho soluço. Gosto da sensação de quando minha mãe come chocolate. Aproximo-me da nona lua. Estou pronto para nascer. Não sei o que significa isso, mas minha natureza deu o início do trabalho de parto. Aqui estava ficando apertado. Talvez o braço da minha mãe seja igualmente confortável. Recebo um abraço leve, outro um pouco mais apertado. Em meu corpo posso sentir os hormônios de êxtase. Entro no ritmo da vida em uma dança minha e dela. É gostoso sentir essa massagem no meu corpo, este braço apertado que me aperta com força em despedida me lançando ao mundo. Esse estreito lugar comprime meu peito, lança o líquido dos meus pulmões para fora. Aqui fora tudo é estranho. Que frio! Mas este corpo quente me aquece. Ouço sua voz. É ela. Nos conhecemos finalmente. Ainda somos um. Eu ligado a ela pelo cordão que me nutriu. O ritmo continua natural. O cordão pulsa e quando cessa me desligo sem desgrudar. É estranho respirar, difícil. Cofff, atchim. O ar entra amigo. Estou seguro, estou sobre ela. Que cheiro bom ela tem. E seu coração ainda posso ouvir ao longe. Isso me dá paz. Estou com fome. Que delícia este peito! Cheiro, lambo, mamo. Aqui fora é bom. Suave. Não sinto frio porque tenho seu corpo. Nem medo porque ouço sua voz. Foi uma longa jornada e por fim estou no mundo, ainda absolutamente dependente de ti. Quero dormir porque confio no mundo externo e suave que você me proporcionou. __________________________________________________________________________________________ Era um mundo silencioso. Já reconheço a voz doce da minha mãe, a grave voz do meu pai e algumas pessoas que sempre estão por perto. Aqui o mundo é constante. Não sinto frio, ou fome. Desconheço a sede, o ritmo, a gravidade. Os ruídos são constantes: o pulsar das veias, as batidas do coração, o ruidoso estômago. Já sabem que posso detectar a luz ou ausência total dela. Sinto medo, tenho pesadelos, tenho soluço. Gosto da sensação de quando minha mãe come chocolate. Ouço barulhos estranhos. Ela está com medo. O que isso que sinto? Estou ficando sonolento. Sinto uma queda. Estou do lado de fora. Como cheguei aqui? Vejo luzes que me cegam. Onde está o coração? O calor? Aqui dentro está frio, muito frio. Desliguem este vento. Estou afogando. Meu Deus?! Choro com força. Me salvem! Mãe, cadê você? Não sei falar sua língua. Estou com medo! Pelo menos um ambiente quente. Mas é duro. Por que ferem minha pele esfregando este pano? Sinto um cano a me violar as narinas. O que fiz para merecer tanta dor? Este cano dentro de mim. Cadê minha mãe? Chego bem perto mas me levampara longe. Quero minha mãe! Por favor! Esta balança fria o que é? Por que estão a me medir? Eu só quero um colo e peito. Choro sem parar. Estou exausto. Sei que me olham através do vidro. Pai! Vó! Me tirem daqui! Por que ninguém me ouve? O que vão pingar nos meus olhos? Nitrato de prata? Mas eu nasci por cima. Como posso ter uma cegueira causada por gonorréia? Ela não tem gonorréia! Isso arde, arde muito. O que fiz para ser tratado assim? Choro com vigor. Estou em pânico. Pelo menos um carinho na minha perna. Por que aperta? Ai que dor! Uma agulhada! Mais choro. É a vitamina K, medicação usada para prevenir um distúrbio de coagulação. Não te contaram que tem a versão oral? Não te falaram que é só não me banhar e deixar eu mamar? Eu não sei falar, mas de tudo sei. Tudo isso é dor. Será sempre assim? Estou exausto. Vou dormir. Quem sabe acordo do pesadelo? Espere, por que me acordam? Ah não! Por que tiram minha roupa? Estou com frio. O que é esse liquido? E essa espuma? Eu preciso da proteção da minha pele que retiram. Quem faz tudo isso? Cadê minha mãe? Será que ela é quem faz isso tudo? Estou pronto para conhecê-la. Quem é ela mesmo? A pediatra? A enfermeira? Ela também não me reconhece. Não me abraçou com as entranhas, nem ao menos me viu nascer através dos panos. Tenho cheiro de sabão e ela de medicamentos. Estou sonolento, sofri demais, recebi anestesia nas veias, colírio nos olhos, injeção na perna. Ela me mostra os seios. É difícil para mim, é difícil para ela que geme de dor também. Ela foi vítima como eu, da ignorância do sistema. Mas através dos seus seios, ainda há esperança. Não vou nascer novamente, vou curar minhas feridas no mundo. Mas se eu pudesse escolher optaria pela primeira parte deste conto. Se você acha que não é verdade tamanho sofrimento lembre-se que 40% das crianças da rede pública nascem assim como eu. Passam o que passei. E no particular, quase 80%. Quero nascer diferente e só você que me gesta pode optar. Não se deixe enganar. Não me deixe sofrer. Este vídeo, este e este tem cenas fortes de partos assim como o meu. O seu pode ser diferente. E eu, que ainda estou em você, posso chegar com doçura e gentileza. Pense nisso. Mude o meu plano de parto enquanto pode. E saiba o que realmente acontece para escolher uma realidade gentil. Nascer pode não mais rimar com sofrer. Pode ser sinônimo de sorrir. POR GIOVANNA BALOGH
Planos de saúde podem ser multados pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) caso tenham médicos conveniados que cobrem por fora para realizar partos, a chamada taxa de disponibilidade. A cobrança foi criada há aproximadamente dois anos pelos médicos para garantir que o obstetra estará presente na hora do parto, seja ele normal ou cesárea. O CFM (Conselho Federal de Medicina) e o Cremesp (conselho de medicina de SP), no entanto, dão o aval para os médicos fazerem a cobrança. A ANS diz que a cobrança é ilegal e pede que as pacientes denunciem esses casos. Como não tem alçada sobre os médicos, a ANS vai penalizar os planos para que eles passem a fiscalizar e a punir os profissionais, como o descredenciamento do profissional do plano. As multas variam entre R$ 80 mil e R$ 100 mil – nos casos de urgência e emergência. A ANS diz que o rol de procedimentos da agência define como cobertura mínima obrigatória dos planos o pré-natal, o trabalho de parto e o parto em si. Questionada, a ANS diz que não tem o número de denúncias e de multas aplicadas pois tudo é classificado como recusa de atendimento. No ano passado, o CFM emitiu um parecer informado ser favorável a essa taxa. Para o CFM, não é antiético nem configura dupla cobrança mesmo o médico recebendo pelo plano de saúde. “Um trabalho de parto pode durar de 10 a 12 horas e o médico não recebe por isso. Ele ganha só pelo parto em si”, diz o segundo secretário do CFM, Gerson Zafalon Martins, que assina o parecer do CFM. De acordo com ele, não há um valor fixo e o preço é negociado com a paciente que pode pedir um recibo para solicitar o ressarcimento com a operadora ou ainda declarar no Imposto de Renda. O valor pago aos médicos por um parto (independente se é cesárea ou parto normal) é, em média R$ 400, ou seja, um médico recebe mais em um dia de consultório do que para fazer um parto. “É por isso que muitos obstetras estão deixando a obstetrícia e seguem apenas com a ginecologia, ou seja, só consulta”, comenta Martins. Para ele, o Brasil tem altas taxas de cesáreas justamente por esse fator, ou seja, os médicos agendam as cirurgias para evitar que tenham que ficar à disposição por horas de uma mulher em trabalho de parto. A OMS (Organização Mundial da Saúde), recomenda que apenas 15% dos partos sejam cesarianas, mas nos principais hospitais particulares do país fica em torno de 90%. No SUS (Sistema Único de Saúde), 58% dos partos são cesáreas. A conselheira do Cremesp, a obstetra Silvana Morandini, cobra R$ 2.000 de taxa de disponibilidade – independente se o parto é normal ou cesárea. Ela diz que o valor é negociado já na primeira consulta pré-natal onde é feito um contrato. “Se a gestante se recusar, ela poderá fazer todo o pré-natal com o seu médico do plano e, na hora que entrar em trabalho de parto, ser atendida pelo médico plantonista do hospital que atende pelo seu convênio”, comenta. A Sogesp (associação de ginecologistas e obstetras) recomenda que neste caso o médico faça outro contrato com a paciente onde ela assina que está ciente que, em caso de urgência e emergência, deverá procurar o hospital conveniado. No site da associação há modelos dos dois tipos de contrato disponíveis para serem usados pelos médicos. A Sogesp diz ainda que está à disposição dos profissionais caso eles sejam ameaçados de descredenciamento por parte dos planos. “A Sogesp repudia essas ameaças que vão na direção oposta ao direito dos obstetras e à vontade de muitas gestantes”, relata. O pagamento da taxa de disponibilidade deve ser feito somente após o parto, diz o Cremesp. A advogada especializada em direito da mulher, Priscila Cavalcanti, diz que a cobrança é sim ilegal e que dificilmente a gestante terá seu reembolso pelo plano já que a ANS reprova a prática. “A mulher deveria ingressar com uma ação na justiça para pedir o ressarcimento após o parto, mas isso dificilmente acontece. As mulheres pagam ou são atendidas por plantonistas”, diz. Órgãos de defesa do consumidor, como o Idec e o Procon, também já se manifestaram contra a cobrança. A Abramge, associação que representa 245 operadoras de planos de saúde, diz que segue a recomendação da ANS. Em nota, a associação pede que as “operadoras respeitam todas as regras do órgão fiscalizador”. A associação não informou se médicos já foram descredenciados por cobrar a taxa. AVISADA SÓ NO OITAVO MÊS Quando descobriu que estava grávida, a atriz Lívia da Silva Ferreira Adate, 31, escolheu um médico do plano de saúde. Nas primeiras consultas, ela conta que o obstetra indicou os hospitais onde ela poderia fazer o parto com ele e não citou nada sobre a cobrança. “No final do oitavo mês de gravidez, ele veio falar que só fazia com a equipe dele e que ela custava R$ 5.000″, comenta. A equipe inclui, por exemplo, anestesista e pediatra. De acordo com Lívia, com os reembolsos do plano – caso eles fossem pagos integralmente – ela ficaria com um ‘prejuízo’ de R$ 1.500. “Ou seja, ia pagar por uma equipe que não conhecia e que nem sabia se de fato ela estaria presente na hora ou se era uma do hospital”, relata. Como se recusou a pagar, o médico disse que poderia indicar um colega que fazia plantão no hospital onde ela teria a filha Liana, que no próximo mês completa um ano. “Me consultei com ele na sexta-feira e a cesárea foi agendada para segunda-feira, dia que ele estaria de plantão”, diz a atriz, que não pagou nada pelo parto. Ela conta que uma amiga, que tinha uma gravidez de risco, optou em pagar. “Ela estava insegura e acabou fazendo com ele que só avisou sobre a cobrança no sexto mês de gravidez”, lamenta. Grávida, a jornalista Ana Carolina Rangel, 32, optou em trocar de obstetra quando a médica do plano contou que cobraria entre R$ 3.000 e R$ 5.000, dependendo do hospital escolhido pela gestante. “Pensei em fazer o pré-natal com ela mesmo tendo que fazer o parto com outro médico. Desisti quando na segunda consulta ela disse que só me daria o número de celular dela se eu assinasse o contrato que aceitava pagar”, diz Ana Carolina. Mesmo tendo convênio, Ana Carolina, que pretende ter um parto normal, escolheu um obstetra particular que vai cobrar R$ 7.000. “É com grande frustração que, no final das contas, vejo que terei de pagar um obstetra particular para ter um acompanhamento digno durante a gestação”, lamenta. ENTENDA A COBRANÇA EXTRA O que é a taxa de disponibilidade? É o valor que o médico do plano de saúde cobra da paciente para estar presente na hora do parto, seja ele cesárea ou normal Qual o valor? Não há uma tabela fixa. Há médicos que cobram R$ 1.500 e outros que chegam a cobrar até R$ 5.000 Como é a cobrança? O Conselho Federal de Medicina aconselha o médico a falar sobre a cobrança já na primeira consulta pré-natal. Assim, é feito um contrato entre o profissional e a paciente Quando a taxa é paga? Somente após o parto A taxa de disponibilidade também é cobrada em caso de cesárea agendada? Sim. O médico cobra o valor independente de a gestante marcar a cirurgia para o horário conveniente para ambas as partes ou de o profissional esperar a gestante entrar em trabalho de parto Médico particular cobra a taxa? Não. A disponibilidade do médico já está prevista no valor cobrado pelo parto Quais as alternativas para a gestante que não quer pagar a taxa? Ter o parto com o médico plantonista do hospital que atende pelo convênio ou buscar um médico do plano que não cobre a taxa Como denunciar para a ANS No caso de cobrança desta taxa pelos obstetra, a gestante deve encaminhar a denúncia à ANS (0800 701 9656) ou na central de atendimento ao consumidor no site da ANS. |
Quem escreve?
Silvana: Doula, Pedagoga e mãe em potencial. Do que falamos aqui?
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