“Daqui a cem anos, não importará o tipo de carro que dirigi, o tipo de casa em que morei, quanto tinha depositado no banco, nem que roupas vesti. Mas o mundo pode ser um pouco melhor porque eu fui importante na vida de uma criança.”
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"Meninos brincando de SER Pais...
o homem é construído desde que nasce... assim como a mulher... Não se nasce mulher torna-se (Simone de Beauvoir) o mesmo podemos dizer dos homens..." Via: Infancia Livre de Consumismo Vídeo simples e incrível sobre o excesso de brinquedos e a importância do brincar. Como já devem saber, sou aluna do curso de pedagogia e sou simplesmente apaixonada pelo meu curso, acho lindo as diversas formas que aprendemos a ensinar um determinado assunto levando em consideração as particularidades de uma pessoa.
Eis que estou no 2º ano do curso, mais conhecido como o ano do estágio. Sei que tem muita gente que pula essa etapa pedindo para alguém assinar o estágio sem faze-lo, mas eu, curiosa que sou e mãe em potencial, não pude deixar de querer conhecer as escolinhas mais de perto. Por mais que eu quisesse fazer estágio em escolas com pedagogia Waldorf e Montessori, a timidez não me deixou e fui procurar estágio em escolas da prefeitura que são "obrigadas" a fornecer um estágio (não consigo sequer pensar em pedir um favor e ouvir um não e por isso não coloquei a cara a tapa - ok, assunto para a próxima sessão de terapia). Quando eu pensava em uma escola pública só vinham algumas coisas em minha mente: banheiros quebrados, funcionários públicos grosseiros, paredes descascadas e crianças com o nariz escorrendo. Sim. Fui preconceituosa e mordi a língua, graças a Deus. A realidade foi totalmente outra: escolinha bem pintada, professores e diretora simpática, crianças bem arrumadas, salas de aula com ar condicionado e equipadas com todo o tipo de material que se pode imaginar. Tudo lindo, limpo, arrumado e diversas atividades para a criançada do maternal (3 anos), etapa 1 (4 anos) e etapa 2 (5 anos) podiam querer. Mas.. como nem tudo são flores, percebi uma situação recorrente que me pareceu bem triste, praticamente todos os professores gritavam o tempo inteiro com os alunos. "Gente, como assim??!! Será que não há outra forma de dialogar com os alunos??!! São crianças e não cachorros!" É o que passava pela minha cabeça o tempo inteiro, li hoje uma frase que traduz muito bem o que eu sinto: "Se educas o teu cavalo aos gritos, não esperes que te obedeça quando simplesmente lhe falas." . E não é a mais pura verdade? Como colher respeito quando se planta desrespeito?! O mais irônico é que um dos combinados prévios com a sala era o de não gritar (oi?). Enfim, fiquei barbarizada com aquela situação, passei por umas 8 turmas e apenas uma das professoras que conheci não fazia isso, eu a parabenizei, disse que ela era uma inspiração para mim. E é mesmo! Cultivar a paciência é um dom, ensinar é um dom e para ambos exige algo bem pessoal de todos nós: o amor. Gente, ensinar é repetir centenas de vezes a mesma coisa, com palavras suaves, como olho no olho, com carinho e com sorriso que diz "eu me importo com você", como fazer isso gritando ou tirando seu sapato e fazendo como se fosse bater no aluno? (sim, eu presenciei isto também). Acho que nos cursos de aperfeiçoamento que os professores fazem, deveria ser ensinado como não gritar com os alunos. Só acho. Para ler mais sobre esse assunto recomendo esse texto: http://superpedagogasunip.blogspot.com.br/2009/09/educar-sem-gritar.html Sobre a cólica dos bebês, por Carlos Gonzalez, pediatra..
"Porque o certo é que a cólica do lactente parece ser quase exclusiva da nossa cultura. Alguns a consideram uma doença da nossa civilização, a consequência de dar aos bebês menos contato físico do que necessitam. Em outras sociedades o conceito de cólica é desconhecido. Na Coreia, o Dr. Lee não encontrou nenhum caso de cólica entre 160 lactentes. Com um mês de idade, os bebês coreanos só passavam duas horas por dia sozinhos contra as dezesseis horas dos norteamericanos. Os bebês coreanos passavam o dobro do tempo no colo que os norteamericanos e suas mães atendiam praticamente sempre que choravam. As mães norteamericanas ignoravam deliberadamente o choro de seus filhos em quase a metade das vezes." |
Quem escreve?
Silvana: Doula, Pedagoga e mãe em potencial. Do que falamos aqui?
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